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O Martini seco é um dos drinks mais tradicionais, é servidos em todo o mundo, me lembro de quando era pequena, ficava doida para tomar aquele “negócio” que os adultos tomavam, naquele copo bonito e no final comiam a bolinha verde do fundo (que eu pensava que era doce).
Sempre fui louca para experimentar aquilo que eu pensava ser a maior delícia do mundo... O Martini seco: Feito de uma mistura de Gin e Vermute e decorado com uma azeitona verde ou um pedaço de casca de limão, na verdade não me pareceu tão agradável assim...
Mesmo assim o Martini mantém a sua glória e requinte.
Como fazer um Martini? Essa pergunta pode gerar horas de discussão... Que tipo de Martini você deseja? Um Martini tradicional? Ou suas inúmeras variações e adaptações aos paladares mais exigentes?
A polêmica sobre a sua receita original é tão grande que o escritor americano Ernest Hemingway chegou a dizer: “Se algum dia você vier a se perder na selva africana, nada de desespero. Sente-se sobre uma pedra e comece a preparar um Dry Martini. Eu garanto: em menos de 5 minutos vai aparecer alguém dizendo que a dosagem de gim ou vermute está errada”.
Por ser uma mistura de duas bebidas engarrafadas poderia ser considerado um drink simples, mas a infinidade de receitas e dosagens, além da arte de misturá-lo sem agitá-lo para manter a transparência, faz com que servir um Dry Martini, transforme-se numa verdadeira arte.
Uma teoria diz que teria sido inventado em 1910, no Hotel Knickerbocker, em Nova York, pelo barman John Martini, para atender a um pedido do magnata americano John D. Rockefeller, que desejava algo simples, mas diferente. A partir daí, a mistura ganhou o mundo.
Segundo o Washington Post, no início o Dry Martini não era tão seco, com o passar do tempo as pessoas passaram a ter vergonha de dizer que gostavam de vermute em sua bebida por causa da doçura, aumentando cada vez mais a dosagem de Gin na bebida. Quanto mais seco o Martini, mais significaria sofisticação e elegância.
A mesma publicação diz que James Bond trouxe uma série de prejuízos para os Martinis: apresentou vodca para o Martini (Vodca Martini, não tão seco) e também introduziu o conceito de agitação, um afronte para muitos!
O British Medical Journal publicou um artigo que sugeria que um Martini agitado forneceria mais antioxidantes do que um Martini mexido e, portanto, mais saudável. Mas... Fica a seguinte pergunta: quem realmente bebe um Martini para ser saudável?
Durante a Lei Seca, devido a escassez do Vermute europeu (assim como licores, bitters e Tom Gin Velho), o Martini tomou outro rumo e seguir para o máximo de álcool.
Hoje, temos a sorte que muitos ingredientes originais do século 19 foram ressuscitados: Gin Tom Velho, várias marcas de bitters de laranja e aromáticas são amplamente disponíveis. Sendo possível fazer um Martini com Old Tom gin e vermute doce, com uma pitada de bitters.
Fiquem a vontade para criar Martinis que sejam mais agradáveis ao seu paladar, mas não se esqueçam dos ingredientes originais: GIM e VERMUTE.
A Taça de Martini
Um Bar que queira ser completo e fazer os principais e tradicionais drinks não pode deixar de possuir em sua coleção de copos a tradicional taça de coquetel. A sua sofisticação e elegância ímpar, traduz todo o glamour dos anos de reinado dos coquetéis clássicos como o Martini (drink que deu nome a taça), Manhattan, Cosmopolitan e etc... Serve coquetéis gelados (mas sem gelo) e não combina muito bem com decorações vistosas devido ao seu formato e também não se deve usar canudos, mesmo que cortados. Tem capacidade de 90 a 180 ml.
A receita
5/6 de gin
1/6 de vermute
Azeitona verde
Modo de preparo
1. Gele uma taça de coquetel e reserve
2. Em uma coqueteleira com gelo, coloque o vermute e o gin (não é necessário agitar)
3. Mexa com uma colher de cabo longo, utilizando o passador
4. Coe o coquetel para a taça e sirva
5. Decore com 1 azeitona verde espetada em um palito
Variações
- Vodca Martini – Vodca como substituto do Gin
- Gibson – Uma invenção de Charles Dana Gibson, um conhecido ilustrador das falecidas revistas Life e Collier’s Weekly. Ele tomava seu Martini diário, mas não gostava de azeitonas e mandava substituir por cebolas pequenas em conserva. O barman, um tradicionalista conservador, dizia que aquilo não era um Martini, e sim um Gibson.
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